A Promotoria Eleitoral da 60ª Zona Eleitoral de Buíque se manifestou sobre o pedido de cassação das candidaturas de Túlio Monteiro (Túlio Henrique Araújo Cavalcanti), candidato a prefeito, e sua vice, Miriam Briano Alves, além do atual prefeito Arquimedes Guedes Valença e outros envolvidos. O processo, que tramita sob o número 0600137-27.2024.6.17.0060, trata de uma representação feita pela Coligação União pela Mudança, que alega abuso de poder político e econômico por parte dos investigados. A promotora Joana Turton Lopes se manifestou parcialmente favorável aos pedidos, recomendando a inelegibilidade dos citados.
Entre os motivos alegados, está o aumento de contratações temporárias sem processo seletivo em 2023 e 2024, sugerindo uma prática eleitoreira. Também foram destacadas nomeações com gratificações financeiras para cooptar opositores, como no caso de Morzidai Lacerda, nomeado para um cargo na Secretaria de Obras. Além disso, houve denúncias de impulsionamento irregular de publicações em redes sociais e de uso de servidores e bens públicos para promoção pessoal.
A promotoria também apontou a distribuição de brindes, como bonés, e o uso de maquinário público adesivado com o nome de Túlio Monteiro para vincular serviços públicos a sua candidatura. Essas ações configurariam abuso de poder político, desequilibrando a disputa eleitoral em favor de Monteiro e sua chapa. A promotoria recomendou a cassação dos registros de candidatura e a aplicação de penas de inelegibilidade aos envolvidos.