Governo Lula propõe reforma do Imposto de Renda com nova cobrança para altas rendas

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Economia
Em 03 de Dezembro de 2024 às 17:17
Edição de PEonline

Medida visa arrecadar R$ 35 bilhões por ano e compensar aumento da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta terça-feira (03) uma proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) que inclui a criação de uma nova taxa progressiva para rendas anuais superiores a R$ 600 mil. O objetivo é aumentar a arrecadação tributária de contribuintes de alta renda para equilibrar as contas e compensar o recente aumento da isenção de IR para salários de até R$ 5 mil por mês.

Cobrança progressiva por faixa de renda

A nova regra estabelece uma cobrança adicional baseada na soma de todas as rendas do contribuinte, como salário, rendimentos financeiros, aluguéis e, se aprovado, dividendos e lucros.

  • Quem ganha até R$ 600 mil por ano estará isento dessa nova taxa.
  • Para rendas entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, a alíquota será progressiva, ou seja, aumenta conforme a renda total.
  • A partir de R$ 1,2 milhão por ano, será aplicada uma alíquota fixa de 10%.

Exemplos de cobrança:

  • R$ 650 mil/ano: 1,5% = R$ 9.750,00
  • R$ 750 mil/ano: 4% = R$ 30 mil
  • R$ 800 mil/ano: 5% = R$ 40 mil
  • R$ 1 milhão/ano: 8% = R$ 80 mil
  • R$ 1,2 milhão/ano ou mais: 10% sobre o total.

Contribuintes poderão abater valores já pagos de IR sobre salário ou rendimentos financeiros, o que pode reduzir a quantia final a ser paga.

Impacto econômico e social

Segundo estimativas do governo, a medida deve gerar uma arrecadação adicional de R$ 35 bilhões por ano, valor que ajudará a financiar políticas públicas e a compensar a isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil/mês, beneficiando cerca de 10 milhões de contribuintes.

Essa política busca promover maior progressividade no sistema tributário, garantindo que aqueles com maior capacidade contributiva paguem proporcionalmente mais.

Contexto e próximos passos

A proposta faz parte de um esforço mais amplo de ajuste fiscal do governo Lula e será debatida no Congresso Nacional, onde pode sofrer ajustes antes da aprovação final. Além disso, o governo espera incluir a tributação de lucros e dividendos, medida ainda pendente de aprovação legislativa.

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